Não é todos os dias que escrevo duas páginas neste blog. Na realidade prende-se com o meu estado de espírito. De dia para dia a dor aumenta e as saudades apertam. Questiono-me como tenho resistido ao prazer artificial de um cigarro. Provavelmente sou mais forte do que quero crer. Mas não suficientemente forte para me impedir de chorar todas as noites. Não suficientemente forte para conseguir ultrapassar que nunca mais nos iremos cruzar nesta vida terrena. Da mesma forma inesperada que entraste na minha vida, saíste para lugar incerto. Tento diabolizar-te numa vã esperança que me ajude a esquecer-te. Tento pintar-te de negro como se fosse possível deixar-te de amar, como se fosse um simples interruptor. Tento ser frio e distante como tu comigo foste, mas a minha mente navega ao teu encontro todas as noites. Por mais estúpido que me sinta é em ti que penso. Mesmo sabendo que me esfumei no ar. Quero acreditar que só não me ligas porque és demasiado orgulhosa para assumires perante mim todos os erros que nos colocaram nas antípodas um do outro. É o meu ego a falar. É a minha negação perante o teu esquecimento assim que deixaste as chaves de casa na caixa do correio. É talvez menos doloroso... Preferimos muitas vezes não olhar para a realidade quando nos é demasiado incómoda. Negamo-nos perante as evidencias.
No fim-de-semana voltei as corridas junto ao Tejo. A cada passada imaginava-te de repente no meu caminho. A cada passada as lágrimas escorreram-me pela face, misturadas com a chuva que se fazia sentir. Quando passei junto ao MAAT vi-te sentada na escadaria. Lias um livro. Fiquei ao longe a recordar o quanto te amo e o quanto preciso de te esquecer. A loucura apodera-se de mim. Ninguém aguenta um amor não correspondido desta forma. E existe, de facto, uma cardiomiopatia descrita -Takotsub Cardiomyopathy ou Broken-Heart Syndrome - em que o coração sofre fisicamente. Tenho acordado todas as noite com palpitações e pré-cordialgia. Passo as noites a sonhar contigo. Por muito que me custe preciso que também o esquecimento invada as minhas, nossas memórias, mas não consigo. Preciso de romper com este ciclo que me destrói diariamente. Sei que estas palavras que aqui vou escrevendo me aliviam a dor, mas dou por mim a pensar que também elas se tornam um ciclo vicioso que necessito impreterivelmente de romper. Talvez seja esta a última vez que escrevo verdadeiramente sobre nós, sobre mim, sobre ti. E vou adormecer querendo acreditar que afinal me amas como me disseste amar e que só por orgulho desapareceste para sempre da minha vida. É-me mais fácil. Só isso.
No fim-de-semana voltei as corridas junto ao Tejo. A cada passada imaginava-te de repente no meu caminho. A cada passada as lágrimas escorreram-me pela face, misturadas com a chuva que se fazia sentir. Quando passei junto ao MAAT vi-te sentada na escadaria. Lias um livro. Fiquei ao longe a recordar o quanto te amo e o quanto preciso de te esquecer. A loucura apodera-se de mim. Ninguém aguenta um amor não correspondido desta forma. E existe, de facto, uma cardiomiopatia descrita -Takotsub Cardiomyopathy ou Broken-Heart Syndrome - em que o coração sofre fisicamente. Tenho acordado todas as noite com palpitações e pré-cordialgia. Passo as noites a sonhar contigo. Por muito que me custe preciso que também o esquecimento invada as minhas, nossas memórias, mas não consigo. Preciso de romper com este ciclo que me destrói diariamente. Sei que estas palavras que aqui vou escrevendo me aliviam a dor, mas dou por mim a pensar que também elas se tornam um ciclo vicioso que necessito impreterivelmente de romper. Talvez seja esta a última vez que escrevo verdadeiramente sobre nós, sobre mim, sobre ti. E vou adormecer querendo acreditar que afinal me amas como me disseste amar e que só por orgulho desapareceste para sempre da minha vida. É-me mais fácil. Só isso.
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