quinta-feira, 16 de novembro de 2017

OTEP "Ghost Flowers"







Ghost Flower in my Mind. Im Loosing my Soul. I waked up in the middle of Nowhere. Im driving through the Strawberries Fields Forever.

domingo, 5 de novembro de 2017

Forgiveness

Os períodos de reflexão têm sido uma constante no meu pensamento. Salvo nos períodos de meditação em que esvazio a mente até ao vazio. São momentos essenciais para a minha sanidade e reequilibrio mental. Uma espécie de tábua rasa emocional. Após pensamentos mais conturbados e gritos de desespero, eis que reflicto acerca da capacidade de desculpar alguém. A capacidade de perdoar alguém que nos fez mal é essencial para a nossa condição humana. E, em última instância, só nos pode tornar mais felizes. Perdoar implica uma compreensão e uma empatia de que nem todos usufruímos. Mas também isso se treina. É possível perdoar mesmo situações que consideremos muito graves. Não obstante, tal só é possível se quem pede perdão seja capaz, ele próprio, de ser empático e transparente. O acto humano, de perdoar e ser perdoado é algo que nos distingue e que nos aproxima dos outros. Devemos perdoar quem não nos é indiferente. Mesmo situações graves podem ser perdoadas. Mas esse acto implica que devemos estar na presença do todo. Não podem ficar pontas soltas. As pessoas merecem ser perdoadas se assumirem os seus erros e tenham uma compreensão das suas consequências.
No entanto, o acto de perdoar não significa esquecer ou  tapar o Sol com a peneira. O acto de perdoar deverá navegar paralelamente ao que despoletou determinada situação. A única forma de quem perdoa e de quem é perdoado se aproximarem e não voltarem a vivenciar situações fomentadoras de mágoa é assumirem de frente as memórias e não as esquecer. O acto de perdoar e ser perdoado implica a não repetição do que motivou a discórdia. Happy Sunday.


sábado, 4 de novembro de 2017

Tanti Auguri Principessa

E hoje, especialmente hoje, acordo de manhã e beijo-te na boca. Sinto o doce sabor dos teus lábios. Abraço-te com aquela intensidade que só nós dois sentimos. Sinto o calor do teu corpo a pulsar na minha pele. Olho-te os olhos rasgados e perco-me. Como sempre. O teu olhar sempre me desarmou. Fico sem palavras. O amor que por ti sinto é infinito. Somos dois seres em uníssono. Duas almas que dançam. "Sou medo do teu medo". "Sou sangue do teu sangue." Acordo de manhã e beijo-te na boca. Hoje é um dia especial. O teu dia. Ficamos uns minutos em admiração mútua. Levanto-me de repente e vou buscar o teu presente. Aquele relógio verde marinho que cobiçaste num dos nossos passeios. Hoje o dia será especial, como todos aqueles que vivemos até hoje. O dia lá fora está meio cinzento. Sinto-me em comunhão total. Peço-te para despachares, e tu sem perceberes. Quis-te fazer uma surpresa e consegui. Temos pouco mais de uma hora para apanharmos o avião. Pela hora do almoço quero estar em Florença. Ao meio dia quero-te beijar a admirar a ponte Vecchio. Levamos pouca bagagem. Na segunda-feira, mais tardar, estaremos de volta. Escondi os bilhetes bem escondidos. Nunca desconfiaste de nada. Nem do relógio. Quero este dia seja especial. Já o programei há quase dois meses. Tudo marcado, avião, um hotel de charme, e o itinerário bem construído no meu ser. Comprei o guia da Lonely Planet em pdf para que não desconfiasses de nada. Adoro surpresas. E sobretudo, fazer surpresas. Hoje o dia é especial e escrevo-o para o imortalizar. Até segunda-feira, entretanto, irei banhar-me em amor e paixão.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Por favor, só mais um bocadinho de Gengibre.


A minha vontade de cozinhar continua no limiar do elemento nulo. Era algo que me dava prazer, preparar as refeições, sobretudo os jantares. A Bimby continua em alegre hibernação. Voltei aos velhos hábitos de comer fora quase diariamente. Ou então não comer de todo. Mas hoje, saído das actividades laborais lá me dirigi ao sushi de um centro comercial aqui por perto. Sem grande apetite, não exagerei no pedido, excepto no gengibre. E dei por mim a rir sozinho com essa frase que se tornou o ex-libris das idas ao Sushi. Chegávamos a pedir duas e três vezes gengibre. Os senhores com um sorriso nos lábios e seguramente com pensamentos ofensivos lá o traziam. Enfim, reais ou não, há momentos que ficam guardados. 

De agora em diante, só escritas positivas. É sorrir e acenar amigos. Sorrir e Acenar.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

I Can´t Explain in The Other Way.

A Cegueira do Amor ou Dança com Escorpiões

O amor tolda-nos a visão e a capacidade de avaliarmos adequadamente por quem nos apaixonamos. Vemos as virtudes que queremos e eliminamos da nossa mente os defeitos que sempre existiram. Acabamos por vezes por perdoar manifestações de personalidades tóxicas que em qualquer outra circunstância nos afastaria. É por essa razão que somos racionais a dar conselhos, mas ineficazes quando vivenciamos o amor. O amor cega-nos. O amor acaba por ser um sentimento perigoso porque nos despe. O amor é ambivalente. É a melhor experiência que um ser humano pode vivenciar, podendo ser simultaneamente o maior atentado a que estamos sujeitos. E só depende do ser por quem nos apaixonamos. É uma roleta russa. Podemos ter a felicidade de amarmos alguém puro que nos ama, ou pelo contrário, nos apaixonarmos por quem nunca nos deveríamos ter cruzado. E tudo porque não nos sabemos defender, ficamos cegos perante o amor. Acabamos por amar pessoas que não existem verdadeiramente. Os chamados lobos em pele de cordeiro. E isso é aleatório. Só nos apercebemos verdadeiramente se estivermos atentos e quando as máscaras começam a cair. E mesmo assim, com a nossa visão turva, demoramos algum tempo em assumirmos que a pessoa com quem dividimos a nossa vida, a nossa existência, a nossa cama, na realidade não existe. Acabamos por constatar que dormimos com o inimigo. Dependendo da inteligência emocional de cada um podemos demorar mais ou menos tempos a confrontarmos-nos com as evidências. Mas elas acabam por surgir. E, de facto, há pessoas cujo o invólucro é de uma correcção irrepreensível, no entanto com almas podres e doentias, com  a insensibilidade suficiente para nos fazer acreditar no amor enquanto as suas vivências assentam em mentiras, omissões e dissimulações. E perante a cegueira do amor, acabamos por acreditar na reciprocidade, sem que nos apercebamos que estamos a ser usados. Por mais incrível que pareça, há mais pessoas assim do que parece, os psicopatas, homens ou mulheres que andam por aí. Há imensos estudos acerca deste género humano. São seres profundamente egoístas, no entanto sedutores, que mentem sem problemas, e mesmo quando apanhados nas suas mentiras, conseguem frequentemente desconstruir a mentira com base noutras mentiras. A consciência do mal que fazem pura e simplesmente não existe. São seres frios, calculistas e muito perigosos, porque aparentam tudo menos o lixo tóxico que na realidade são. Na verdade são pessoas muito doentes, que recusam qualquer tipo de cura, porque nem sequer têm consciência do que são. São as últimas pessoas por quem nos devíamos apaixonar. Mas acontece com frequência, porque são predadores emocionais, e aproximam-se frequentemente de pessoas puras e bem formadas, de forma a poderem sugar a sua essência. Este género de ser só se descarta quando é confrontado verdadeiramente por alguém que demonstra maior vitalidade. O que nem sempre acontece. Há pessoas que passam a vida inteira a ser usadas e abusadas por este tipo de parasitas humanos. 
Habitualmente são seres sociais com amigos superficiais que nunca chegam a conhecer a sua essência obscura. Escondem-se debaixo das pedras e perante a sua família apresentam-se com se de boas pessoas se tratassem. 
Temos muito dificuldade em defendermos-nos deste tipo de pessoas. São seres intrinsecamente maus e que nos enganam com uma doçura que nos anestesia. Frequentemente só nos apercebemos depois de nos afastarmos emocionalmente, após a rotura de uma relação. Que na realidade, é a melhor coisa que pode acontecer a quem tem o azar de se apaixonar por um psicopata. Naturalmente, que para o próprio, desprovido de sentimentos, foi só um episódio que passou até procurarem e encontrarem a vítima seguinte. 
Há um fábula oriental que conta a história de um escorpião que querendo passar um rio, pede a uma tartaruga que o leve no seu dorso. Após muita sedução, acabou por convencer a tartaruga. A meio do rio, o escorpião levanta o rabo, picando a tartaruga com o seu veneno tóxico. A tartaruga à beira da morte pergunta-lhe porque fizeste isto?, sabendo que eu ao morrer acabo por te levar comigo para o fundo do rio e tu próprio morrerás, ao que o escorpião respondeu que não pôde evitar porque era a natureza dele.
Infelizmente, fruto do azar, acabamos por encontrar pessoas deste género, que podendo ter tudo acabam por destruir o ser que dizem amar. 
Na vida, acabamos frequentemente a dançar com escorpiões. Sei que é difícil, mas quando tal acontece, o melhor é fugir. Os escorpiões nunca irão, nem querem, mudar a sua natureza.





Kasabian - You're In Love With a Psycho (Official Video)