quinta-feira, 12 de julho de 2007

Fuga. Mylene.


Fuga. Salto de dentro do código de barras. Deixo de ser mais um número. Humanizo-me. Esperneio. Grito. Anseio pela liberdade que deixo escorrer entre os dedos. Limpo a areia molhada dos pés. Mergulho. Desligo-me do mundo. Mais uma vez flutuo no mar cizento. Percorro a mente como se de um passador se tratasse. Separo as memórias por caixinhas. Arquivo-me perante as evidências. Desligo a luz e adormeço ao som de Mylene.

Descobri a Mylene. Promissora. A voz é de uma doçura terna. Canta as músicas de Madredeus com a sonoridade da música brasileira. A não perder. Adormeço ao seu som. Parece-me um bom epílogo para terminar mais um dia.

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