domingo, 24 de junho de 2012

when the phone rings

Quando o telefone toucou e não me atendeste decidi não mais te telefonar. Mas atendeste e conversámos... sobre nada. Disseste tudo com o teu silêncio transbordando palavras secas e cruas como se não me conhecesses, como se tratasse de uma qualquer chamada de inquéritos via telefónica. Os quais disseste logo não estar interessada em responder. Como se fosse essa a intenção de um telefonema. Por pouco não reconhecia a tua voz. Mas reconheci. Há timbres e sonoridades inesquecíveis que perduram para todo o sempre na nossa memória. Conversámos e nada disseste. Nem eu. Ficámos-nos por aqui, hoje como ontem. O telefone toucou e antes que o sinal de recusa desse sinais de vida ouvi a tua voz. Como gostei de ouvir a tua voz, ainda que a mensagem fosse obscura e cinzenta. Nada mais interessa, aliviei as saudades que tinha de te ouvir, embora soubesse que nada de bom terias provavelmente para dizer. Quando o telefone tocou e eu te pedi para passares a nossa música dos Temper Trap - Love Lost, disseste-me que o tempo do "quando o telefone toca" (programa memorável da rádio de outrora) já tinha passado. Agora se quiseres as tuas músicas vais para o YouTube e fazes as dedicatórias a quem bem entenderes. "Eu passo a música que bem entender e se não estiveres satisfeito podes ir à merda". É difícil ir a algum sítio quando já lá se habita há algum tempo. O telefone tocou e eu despertei. Acordei de mais um pesadelo. O vinho do Porto dá-me maus sonos. Venha um Absolut Vodka + Red Bull. PS: Alguém quer ir ao Lux hoje à noite???



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