domingo, 29 de março de 2009

incandescente


incandescente
ad m+f incandescente; em brasa

Quando menos se espera estamos envolvidos pelas labaredas alaranjadas que nos toldam a vista. Num salto fugaz projecto-me para o centro da fogueira sem medo de me queimar. O calor deixa-me a pele em brasa pelos pensamentos que insisto em fechar a sete chaves. Um mão invisível agarra-me e fico a flutuar no ar a centímetros do centro nevrálgico daquele fogo que me atraí como uma borboleta cega em movimentos erróneos. Sinto o teu calor irradiar à distância. Afasto-me impelido pela mão da razão. Num rasgo de loucura liberto-me de quem me tenta manietar e mergulho na profundidade daquele lume incandescente. A dor que sinto é rapidamente aliviada enquanto me expando num fumo cizento e ondulante. Vejo-te ao longe enquanto me afasto de ti. Caio na razão do meu ser enquanto recebo as tuas mensagens, agora telepáticas... E parto para não mais voltar.

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