Habitualmente é assim. Quando alguma coisa me perturba o meu sono ressente-se. Nada de novo me perturba, mas o meu sono ressente-se na mesma. Acordo a meio da noite completamente desperto. Tem sido assim praticamente dia sim dia não. Felizmente amanhã de manhã, ou melhor hoje, poderei dormir. Não estou certo disso. Andei assim quase 3 meses em 2010. O que eu sofri. Não há nada pior do que a abstinência de sono. Agora passados 2 anos surgem-me os mesmos sintomas. Desfasados. Questiono-me do porquê. Já não têm sentido. Ou nunca tiveram, estava eu desligado da realidade, da verdadeira realidade. Não obstante, sofri cada dia e noite a fio durante esses 3 meses. Estava zombieficado.
Ponho tudo em causa. E porque não? Porque não colocar tudo em causa. A História também pode ser posta em causa. E preze a minha morte ser tão anónima como um grão de areia na meia-praia, tenho a minha História, as minhas estórias. E ponho tudo em causa. Tudo. Inclusivé a mim. E ao meu sofrimento trimestral que ninguém merece. De facto, não há nada mais injusto do que o amor cego e aquilo que dele advém. E esse amor mantêm-se. E esse eu não consigo pôr em causa. Mesmo racionalizando, argumentando, vendo o copo desta vez meio vazio, amplificando defeitos, diminuindo virtudes, esse amor que já não deveria existir, mantêm-se cego, caminhando entre as pessoas às apalpadelas e acordando-me a meio da noite. E eu sei porquê. Sei porque acordo especificamente algumas noites. Chama-se percepção extrassensorial. Mito urbano ou não, o facto é que tenho comprovado a posteriori muitos dos meus serões forçados. Vou tentar mais uma vez dormir... Ahh e cometo a profunda estupidez de fumar um cigarro a meio da noite quando isto me acontece. Á janela, na cozinha, contemplando o estádio da luz e a orda de prédios atrás até chegar ao teu e imaginar-te deitada, nua, pele dourada, contrastando com a parede verde abacate, lendo... lendo-me.
PS: Aparentemente as fotos do meu ídolo de sempre, Prof. Albert Einstein, não têm absolutamente relação com o texto acima. E de facto não têm. Mas tudo é relativo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem o que vos apetecer. Viva a liberdade de expressão!