quinta-feira, 19 de abril de 2007
Sonolencia.
Sinto-me a flutuar no cizento do mar. Mergulho um pouco a cabeça e deixo de ouvir as gaivotas que me provocam. Os meus pensamentos ondulam ao mesmo ritmo. Fecho os olhos e sinto a luz enfraquecer. Os sons tornam-se pesados e longíquos. Os membros pesados arrastam-me para o fundo. Aos poucos uma paz branca e quente começa a invadir-me. Afasta-me de tudo o que me magoa. Protege-me. Envolve-me como uma couraça com uma pequeninissíma fechadura. Distribuo meia dúzia de pequenas chaves, que nem todas funcionam. As lágrimas não se distinguem do mar que me envolve. Pareço sorrir... É a máscara que escolhi para esconder o sofrimento que é só meu. Adormeço a flutuar, para um dia nunca mais acordar.
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