domingo, 17 de janeiro de 2010

Escolhas

São 3:31 da madrugada. Os amigos já regressaram aos seus lares. Fico sozinho e penso em ti. É bizarra a forma como de ti me recordo. As nossas vivências ocorrem como se o tempo desse saltos em vez do contínuo que nos habituou. Os amores proibidos só o são na nossa mente. Envio-te sms na vã tentativa da resposta que tarda em regressar. As escolhas têm destas coisas. É curioso como já há muito tempo não sentia saudades de alguém. E tu fizeste-me regressar a esses sentimentos que há muito sentia apagados da minha essência. Tenho saudades tuas e ainda agora voaste. Libertaste-te e eu sem querer também me liberto. Não conseguia adormecer sem te ver uma última vez. Espero o teu regresso como se a certeza fosse inequívoca. Que não é. Nunca é. Ficam as memórias, os sentimentos e as vivências. Ás vezes sinto que nunca vou passar desta adolescência das paixões. O Chivas Regal percorre-me os vasos e entorpece-me a mente. A escrita fica fluida e vejo-te longe, para lá da nossa península. Quero estar a teu lado mas não consigo trespassar as barreiras que nos separam. O encontro de hoje em frente ao balcão vermelho é o paradigma do amor que por ti sinto. Nunca pensei voltar a amar. A mente é assim, prega-nos estas partidas. Deito-me e finto o candeeiro branco que teima em abanar-se. Tudo treme à minha volta e tu não sentes porque caminhas estrada fora no regresso ao teu mundo. Quero entrar nele mas as chaves estão perdidas por estes campos fora. Á medida que escrevo a minha cabeça abana. Quero voltar à cama que espera por ti sem a certeza absoluta de algum dia regressares. Mas a vida é feito de incertezas e eu não sou excepção.

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