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O universo de Giger representa os nossos medos mais primários. É um universo obscuro, frio, mecanicista e por vezes gótico. Sempre gostei de HR Giger. Conheci-o através de uma edição fantástica da Taschen. Fantástica porque se adaptava à parca mesada de um adolescente. Giger foi o criador do Alien, o monstro mucoso. Estive uma vez tentado a comprar a cabeça do Alien com todos os DVDs. Num rasgo de bom senso achei que iria pertubar os meus filhos com aquela imagem horrenda. Já lhes bastava o Jack do Nightmare before Christmas. Vou deixar aqui dois sites de HR Giger:
www.giger.com
http://gigerweb.ez-internet.org/
Vejam e depois digam lá se o tipo não é completamente passado.
Hoje sinto-me triste e cinzento. Talvez deva fumar menos. Talvez por isso me tenha lembrado de Giger. Talvez deva trabalhar menos. Mas não posso. E isso deixa-me cinzento. Talvez seja pelo facto de ouvir menos vezes a música do Seinfeld projectada do telemóvel a massacrar-me os ouvidos. Não posso fazer nada. Tenho bem definido o que quero para mim neste momento e aceito todas as outras decisões. Fumar ou não fumar, essa é a verdadeira questão. Ao fim e a cabo resume a nossa insignificante presença neste universo. Porque raio tudo o que sabe bem tem que fazer mal ? Aqui se assentaram os princípios católicos desde a santíssima inquisição, que embora mais camuflada lá vai continuando a deixar as suas marcas. Sem churrascos, também era o que mais faltava. Apesar de tudo estamos no século XXI. O que quer que seja que isso signifique. Estou cheio de fome. De vontade comer diriam os meus pais, fome têm os meninos em África... Estou realmente cheio de fome e vou-me encharcar de colesterol. Vou-me transformar num monstro gorduroso para fazer frente ao monstro mucoso.
Bem depois disto, acho que para além de Giger eu também não devo andar muito bem.
Just Kidding.
Hasta.