domingo, 3 de junho de 2018

Personagens

Estão sempre a surgir novas personagens que desconhecia. Quando achava que o enredo da história estaria mais do que dissecado, eis que me são apresentadas mais personagens. Uma e outra, vão surgindo e confrontando-nos com a essência da história. Uma espécie de thriller onde a maldade e a manipulação surgem sob a forma de um cordeirinho felpudo. Surgem sempre novas personagens interligadas por um linhagem que teima em envolver a minha existência com a obscuridade da mentira e da omissão. 

Os filmes que vão surgindo na minha mente não são mais do que documentários de tudo o que vai acontecendo. 

Obrigo-me a mim mesmo a ir bebendo o veneno que já neguei vezes e vezes sem conta. De facto há filmes dos quais não gostaria de fazer parte. 

Pergunto-me como posso ser ludibriado tantas e tantas vezes.

 A evidência de que há flores que não se cheiram já me dilacerou tantas vezes a alma. Estupidamente tenho continuado a enfiar o nariz entre as pétalas da maldade. 

Há pessoas, que continuando a viver no passado, não lhes ocorre que vão fodendo o presente dos outros. 

Pena não ter ardido tudo de uma só vez.

Já várias vezes me debrucei sobre o egoísmo. E em última instância é o egoísmo que impera. Tudo passa pelo umbigo de quem se está nas tintas para os outros. Só interessa o próprio, mesmo que se avance num tanque de guerra disfarçado de carro hippie. Claro, que nem lhes ocorre que fazem o que quer que seja de errado. Acham sempre que os outros é que estão errados. Desde que as suas próprias necessidades estejam satisfeitas nada mais interessa.

No entanto, uma pessoa pode ser enganada duas ou três vezes, a partir daí chama-se estupidez.



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