domingo, 24 de dezembro de 2017

Of Stars and Memories

Olho para o céu e deixo-me envolver pelos milhões de estrelas que sobre mim se projectam. Uma pequeníssima parte consigo observar. Tudo o resto está para além da inteligência humana. Olho para o céu e observo estrelas aparentemente vivas. Algumas provavelmente já nem existem. E no entanto a sua luz continua a percorrer o universo até chegar ao meu nervo óptico. Mesmo depois da sua morte há milhões de anos. Olhamos para as estrelas como se fossem uma realidade presente. Nada mais falso. Ao olharmos para as estrelas, olhamos para o passado. É uma verdadeira máquina do tempo. Não obstante, a luz das estrelas mortas, do passado, acabam por ofuscar as estrelas vivas, que ainda existem. Devemos olhar para o passado, para com ele aprender. Mas devemos também cortar com os seus elos. O passado assenta na memória humana, que é tão somente a mais falaciosa das capacidades intelectuais que possuímos. O passado é isso mesmo, passado. Não devemos deixar nunca que o mesmo se projecte no presente. Esse sim, deve ser vivido. Podem ficar as memórias, os bons momentos, os maus momentos, mas se queremos viver em Paz, o passado deve ficar enterrado para sempre. Ou invés, deixa de ser passado e passa a ser presente. Merry Fucking Christmas. Bem hajam.


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