Os períodos de reflexão têm sido uma constante no meu pensamento. Salvo nos períodos de meditação em que esvazio a mente até ao vazio. São momentos essenciais para a minha sanidade e reequilibrio mental. Uma espécie de tábua rasa emocional. Após pensamentos mais conturbados e gritos de desespero, eis que reflicto acerca da capacidade de desculpar alguém. A capacidade de perdoar alguém que nos fez mal é essencial para a nossa condição humana. E, em última instância, só nos pode tornar mais felizes. Perdoar implica uma compreensão e uma empatia de que nem todos usufruímos. Mas também isso se treina. É possível perdoar mesmo situações que consideremos muito graves. Não obstante, tal só é possível se quem pede perdão seja capaz, ele próprio, de ser empático e transparente. O acto humano, de perdoar e ser perdoado é algo que nos distingue e que nos aproxima dos outros. Devemos perdoar quem não nos é indiferente. Mesmo situações graves podem ser perdoadas. Mas esse acto implica que devemos estar na presença do todo. Não podem ficar pontas soltas. As pessoas merecem ser perdoadas se assumirem os seus erros e tenham uma compreensão das suas consequências.
No entanto, o acto de perdoar não significa esquecer ou tapar o Sol com a peneira. O acto de perdoar deverá navegar paralelamente ao que despoletou determinada situação. A única forma de quem perdoa e de quem é perdoado se aproximarem e não voltarem a vivenciar situações fomentadoras de mágoa é assumirem de frente as memórias e não as esquecer. O acto de perdoar e ser perdoado implica a não repetição do que motivou a discórdia. Happy Sunday.
papi lindo
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