As noites de lua nova sempre me incomodaram. Habitualmente gosto de conduzir à noite, excepto nas noites de lua nova. Nunca percebi o porquê da definição de lua nova se ela não existe, se está completamente oculta, do outro lado do planeta. Não gosta da escuridão das estradas sem o brilho cintilante da nossa lua. A lua nova é na realidade como o meu mais recente amor. Não existe, embrenhando-me nas trevas. Se fosse possível apreciaria a permanência constante da lua cheia e brilhante. Adoro-a. E o meu amor real não teria dado lugar a um amor inexistente.
Hoje morreu o Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar o solo lunar... Se há experiências incríveis, essa deverá ter sido a sua derradeira. Ver o planeta azul ao longe, pisando o solo poeirento da lua só poderá ter sido fenomenal.
Nós, comuns mortais, podemos-nos contentar em conseguir ver a Lua dos terraços e varandas dos nossos prédios. Tenho imensas dúvidas acerca da mesma, mas de facto, se esse satélite natural da terra consegue influenciar as marés pelas suas forças gravitacionais porque raio não há-de influenciar o ser humano, já que somos 75% água. Esta ideia não é originalmente minha, mas sim do senhor Antony (& the Jonhsons). Acho que ele está coberto de razão. E agora, vou dormir a pensar no meu lado lunar.
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