quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"Cinema Paradiso"

Estou em paz. Sinto-me envolvido pela tua essencia, pela tua amizade, pelo teu amor. Estou em paz e respiro o ar lentamente à tua volta. Vejo-te para lá do espelho que nos transporta ao encontro um do outro. Sinto-te, cheiro-te, entro no teu corpo, na tua mente, no teu pensamento. Como mais uma fatia de bolo de chocolate, bebo um capuccino e transporto-me contigo para a imensidão do deserto, do nosso deserto. As línguas entrelaçadas num só ser que somos. Tudo desaparece à nossa volta, os sons, a luz, o tempo lento quase parado. Nada mais importa a não ser a nossa união. Recordamos o início inesperado como acontece com todas as paixões. A entrega absoluta de dois seres-maiores. Os passos ecoam nas nossas cabeças, os momentos param, o frio deixa de se sentir... Estou em paz como outrora. Contigo, sempre em paz, sem medos, sem tabús, sem receios, envolvido pela tua essência, pela minha que respiro e dou a respirar. A paixão é uma semente donde brota o amor. O amor verdadeiro, envolvente, luminoso, melancólico, de dádiva, de paixão... O amor de compartilha, de liberdade, sem controlo, sem controlos... Estou em paz comigo e contigo, embora separados por uma imensidão de espaço e tempo que se esfumam por entre as nossas mãos. Fico em paz com os meus pensamentos que de todo são iguais aos teus. Temos olhos iguais... e olhares iguais sobre o que nos rodeia. Se olhares para trás vês-me na casa das máquinas a trocar as bobinas de 8 mm. Observo-te a preto e branco, porque é assim que o amor deve ser fotografado. Fazes parte do meu "cine paraíso" e eu do teu. Estou em paz e adormeço em paz envolvido pelos teus braços, hoje e sempre.

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