segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Inseguranças



Esta será certamente a minha última entrada do ano. Como humano e ser simples que sou olho para trás e faço um balanço destes últimos 362 dias. Foi um ano intenso, emocional, de vitórias e fracassos. Fiz opções das quais me arrependo e outras das quais me orgulho. Sofri com algumas e fiz sofrer com outras. A velocidade que me imponho a mim mesmo não me deixa respirar. Não há nada nesta existência que não tenha consequências. Já aqui escrevi sobre a teoria do Chaos, que de resto se aplica a tudo na vida. As inseguranças que me atormentam dão me alento para continuar e lutar pelo mais básico dos direitos humanos: a felicidade. Sou uma pessoa mais simples do que há um ano atrás. Não obstante, sou mais intolerante e intransigente contra a mesquinhez e sentimentos negativos como inveja, ciúme e hipocrisia. Mas as inseguranças inundam o meu espírito de algum sofrimento que tento combater. Por vezes sinto que me estou a enganar a mim mesmo. Por vezes mergulho a cabeça na areia e quando olho de frente não vejo a realidade que se me apresenta. O meu grande medo: a desilusão. Já fui demasiadas vezes enganado para não temer o desamor. As inseguranças são transversais a tudo: vida profissional, pessoal e sentimental... Quem se afirmar completamente seguro de tudo só poderá ser um Deus ou o seu egocentrismo tornou-se patológico. Olho para trás e vejo o iceberg onde naveguei no último ano. Alguns fragmentos desprenderam-se de mim para sempre, deixando no entanto a sua imagem negativa de puzzle imperfeito. Como nos "coristas" não há acção sem reaccção e tudo o que nos fazemos e infligimos aos outros acaba sempre por se reflectir em nós. Desejo uma excelente passagem de ano a todos. A minha será a trabalhar. Mas não me importo... Ou então sim.

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